Mercado e varejo: o inverno está chegando?
Mercado e varejo: o inverno está chegando? The Winter is coming é a frase notabilizada na famosa série de TV Game of Thrones, e marca o temor que os personagens têm dos tempos sombrios e terríveis que em breve terão de enfrentar… A frase me vêm à mente toda vez que lembro da atual situação… Continuar lendo Mercado e varejo: o inverno está chegando?
Mercado e varejo: o inverno está chegando?
The Winter is coming é a frase notabilizada na famosa série de TV Game of Thrones, e marca o temor que os personagens têm dos tempos sombrios e terríveis que em breve terão de enfrentar… A frase me vêm à mente toda vez que lembro da atual situação política e econômica do Brasil, e ao mesmo tempo em que sinto um calafrio correndo pela espinha, penso no tamanho da responsabilidade que tenho enquanto empresário e empreendedor, de não me deixar contaminar por essa corrente de pessimismo e mau agouro.
Os motivos para este temor são mais que reais, o país atravessa a pior crise dos últimos 16 anos. A farra com o dinheiro público, mal aplicado e desviado, a má gestão, incoerente e sem pragmatismo, tem provocado uma situação alarmante, como a queda da renda das famílias, desemprego, juros altos, inflação, recessão e o pior, a falta de perspectivas para estruturação real e sustentável para o futuro.
O mercado digital que apresentava há mais de 5 anos taxas de crescimento acima de 20%, aponta segundo alguns levantamentos, neste primeiro semestre de 2015, uma redução de 50% nesse vigor, apresentando taxas de crescimento inferiores a 10%.
Ainda sim, esse momento da economia fará muitas empresas revisarem seus planos de negócios, e a fim de tentar reverter esse cenário e evitar uma queda ainda maior, uma decisão será top of mind, voltar-se ao mercado digital, pois ainda que com redução no ritmo de crescimento, apresenta taxas e oportunidades muito maiores do que as do mercado em geral. E esse fenômeno já está em andamento há pelo menos dois anos, e tende a se intensificar muito nos próximos dois.
As consequências serão muitas, e dentre as negativas podemos destacar:
Aumento da Concorrência;
Saturação de alguns mercados, especialmente de varejo;
Redução das margens de lucro;
Queda do ritmo de crescimento ou até queda nas vendas;
Aumento nos custos de aquisição de mídia;
Aumento nos custos de operação.
Entre as positivas podemos citar:
Popularização do mercado digital;
Aumento do Share of Market do mercado digital;
Aumento da concorrência e aperfeiçoamento do mercado;
Desenvolvimento de novas tecnologias;
Desenvolvimento e formação de profissionais da área.
Como todo mercado “na moda” a tendência é haver um inchaço e depois uma depuração natural aonde somente os mais persistentes e estruturados deverão permanecer. Os imediatistas em busca de resultados rápidos deverão se decepcionar, abandonar ou relegar a uma segunda importância o mercado.
Para ilustrar a dificuldade da decisão de dedicar-se firmemente ao e-commerce por exemplo, basta citar que a partir de um determinado porte, é mais rápido e barato abrir uma ou mais lojas físicas do que estruturar uma operação de loja virtual.
Preocupar-se com o fluxo de caixa, capital de giro e controle dos custos será mais que vital nesse período. Em tempos de vacas magras a gestão financeira e operacional passam a ser essenciais para a sustentação do negócio.
Os aportes de investimentos deverão se concentrar em mercados inovadores e uma concentração de mercado deverá consolidar-se mesmo com o grande número de novos entrantes. Focar em nichos, produtos inovadores ou de cauda longa e na fidelização através do atendimento, não só é estratégico, mas uma questão de sobrevivência. A disciplina, persistência e criatividade serão fundamentais para se atravessar essa tormenta e sair dela ainda mais forte.
Mais que nunca é verdadeira a máxima: “Em tempos de crise há os que choram e os que vendem lenços”. Vamos escolher vender lenços? E nesses tempos em que o inverno se aproxima… vamos fazer o nosso verão!
Fonte: EcommerceBrasil