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Trânsito de São Paulo gera prejuízo de R$ 80 bilhões ao ano

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Trânsito de São Paulo gera prejuízo de R$ 80 bilhões ao ano

Trânsito de São Paulo gera prejuízo de R$ 80 bilhões ao ano

Trânsito de São Paulo gera prejuízo de R$ 80 bilhões ao ano Todos já perdemos algumas horas no trânsito de São Paulo para andar trechos curtos. Essa situação não é novidade, alias faz parte da rotina do paulista e qualquer visitante passará por isso também, pois cada dia está mais complicado chegar de um ponto… Continuar lendo Trânsito de São Paulo gera prejuízo de R$ 80 bilhões ao ano

PorSinalizeWeb

Trânsito de São Paulo gera prejuízo de R$ 80 bilhões ao ano

Todos já perdemos algumas horas no trânsito de São Paulo para andar trechos curtos. Essa situação não é novidade, alias faz parte da rotina do paulista e qualquer visitante passará por isso também, pois cada dia está mais complicado chegar de um ponto ao outro na principal cidade do país.

E como o ditado diz “Tempo é dinheiro” sendo assim, a enorme conta de horas e horas de trânsito parado tem que ser paga por alguém, segundo o monitoramento da Rádio SulAmérica Trânsito/Maplink, o recorde foi em 6 de Março de 2015, com 838 km de filas.

Além do trânsito travado batendo recordes, diariamente a velocidade média fica em 25km/h, dificilmente conseguiremos superar essa média, pois a cada dia novos carros estão em circulação e o rodízio já é ineficaz perante a demanda existente.

Chegando no momento de calcular os prejuízos de todos esses carros, caminhões, motos e demais veículos parados, analisamos uma pesquisa realizada pelo software de navegação GPS TomTom GO que estimou em R$ 170 bilhões o custo do tráfego para o Brasil.

De acordo com o levantamento, São Paulo é a cidade mais afetada, tendo prejuízo de R$ 80,2 bilhões, mais do que o orçamento da Prefeitura da cidade para 2015, de aproximadamente R$ 50 bilhões.

A soma do tempo perdido pelas pessoas no trânsito atinge a média de 240.000 horas. São desperdiçados cerca de 200 milhões de litros de gasolina e álcool e 4 milhões de litros de diesel por ano nos engarrafamentos na cidade.

Consequências vão além do prejuízo visível:

E todo esse prejuízo não fica somente na casa do financeiro, ele afeta a área da saúde, a produtividade do trabalhador e atrapalha o crescimento do país. Os carros comuns são maioria no volume, porém os caminhões têm um prejuízo enorme, atrasam entregas, gastam mais e andam menos, consequentemente encarecem fretes, pois diminuem as entregas diárias, além de dificultar a entrega de pedidos com urgência, como alimentos que podem estragar.

As empresas são forçadas a montar estoques maiores por causa do temor de desabastecimento e interrupção da produção, pelo risco de atrasos na entrega da matéria-prima, por exemplo.

Caminhão parado também chama a atenção para furtos e assaltos, encarecendo o valor do seguro que aumenta o frete ainda mais, nessa soma também entra o aumento do número de caminhões na rua, pois cada um faz cada vez menos entregas e um volume maior de caminhões nas ruas aumentam o prejuízo, gerando necessidades de novas contratações de motoristas, que seria bom para o país, caso essa não fosse uma profissão desgastante e que apresenta altos índices de desenvolvimento de câncer de pulmão, devido à exposição constante a substâncias tóxicas.

Doenças são desencadeadas pela falta de atividades físicas e até pelo excesso de barulho nas ruas

Segundo a revista Veja, em uma reportagem sobre o impacto do caos nas ruas, as horas ociosas no trânsito diminuem ou impossibilitam a participação em atividades físicas, de lazer e de descanso.

As pessoas que passam longas horas ao volante ou mesmo em ônibus lotados tendem a apresentar queixas como dores lombares, no pescoço e ombros, além de dores de cabeça, nas pernas e pés.

O repouso também é prejudicado pela tensão dos congestionamentos: a pessoa dorme menos porque ficou mais tempo presa no trânsito ou porque tornou-se vítima de insônia.

Outro problema provocado pelos engarrafamentos é a exposição a um nível elevado de ruído. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), decibéis muito acima do tolerável ocupam o terceiro lugar no ranking de problemas ambientais que mais afetam populações do mundo inteiro. Não se trata de simples incômodo: barulho mata.

Só por infarto, são 210.000 vítimas por ano. Qualquer som acima dos 55 decibéis (o equivalente à voz humana em conversa baixa) é interpretado pelo organismo como uma agressão. Para preparar sua defesa, o cérebro ordena que as suprarrenais, glândulas localizadas acima dos rins, liberem boas doses de cortisol e adrenalina, os hormônios do stress. Além dos óbvios distúrbios auditivos, esse é o gatilho para uma série de reações:

Órgãos genitais: passam a receber menos sangue. O homem fica com dificuldade de ereção e a mulher pode perder o desejo sexual.
Cérebro: a pressão intracraniana sobe e a cabeça dói. A concentração e a memória ficam prejudicadas pela ação dos hormônios do stress, que ainda levam a uma sensação de exaustão, gerando agressividade.
Músculos: se contraem ao máximo e começam a liberar na corrente sanguínea uma série de substâncias inflamatórias.
Pulmões: a respiração acelera e esses órgãos passam a funcionar a toda velocidade. Com o tempo, a sensação de cansaço é inevitável.
Coração: começa a bater rapidamente e de maneira descompassada. Os vasos sanguíneos se contraem e a pressão arterial sobe. O risco de infarto e derrame cresce.
Sistema digestivo: o estômago passa a fabricar suco gástrico além da conta, o que pode levar à gastrite e à úlcera. Já o intestino praticamente trava. O resultado é a prisão de ventre.
Além de produzir mais doentes, o que já é um problema gravíssimo, o trânsito também tem impacto nos custos de saúde que são repassados ao consumidor final. A lógica é a seguinte: mais doentes elevam a demanda por contratação de profissionais médicos, enfermeiros e demais especialistas; crescem os custos com os serviços e medicamentos; aumenta a ocupação de leitos hospitalares.

Esse ciclo inflaciona os valores de seguros e planos de saúde, atingindo o Sistema Único de Saúde (SUS) e a rede particular. Prejudicadas pelas doenças, pessoas treinadas se afastam ou passam a produzir menos, gerando ainda mais custos.

Melhorias poderiam aumentar produtividade e a remuneração do brasileiro

Segundo reportagem publicada pelo Brasil Econômico, alguns analistas apontam que a melhoria da qualidade do transporte público, e tarifas menores, resultariam em aumento de produtividade e maiores ganhos para comércio e indústria.

Se o conjunto de trabalhadores brasileiros pudesse converter a hora gasta no trânsito em salário, eles contariam com, pelo menos, mais R$ 1,77 bilhão de ganho a cada mês. O cálculo é conservador, pois considera exclusivamente a população que gasta uma hora no trânsito, no trajeto entre a casa e a empresa – 14,37 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – e estima ainda que a hora de trabalho desse contingente de empregados vale o mínimo permitido por lei, R$ 3,08.

No comércio, uma das soluções adotadas pelo Senac, responsável por treinamento do setor, tem sido promover cursos no próprio local de trabalho e, com isso evitar o deslocamento do trabalhador para estudar, segundo o economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Bruno Fernandes. “O empregado do comércio leva de três a quatro horas até o trabalho. Já chega cansado, com pouca disposição”, afirmou.

Alternativas podem trazer resultados e focar na sustentabilidade

Em uma entrevista para a Isto É Dinheiro, a engenheira britânica SHARON Kindleysides, afirma que o pedágio urbano seria uma das opções viáveis para São Paulo, veja um trecho dessa entrevista:

“Cidades como São Paulo precisam de pedágio urbano. Em Londres, dois fatores contaram a favor. O primeiro diz respeito à mentalidade dos ingleses em relação ao transporte público. Eu moro em Cambridge, a 1h30 de Londres, e nunca penso em usar o carro para ir à capital. Sempre uso o trem, porque sei que é mais barato e que o trânsito é ruim.

Mas a popularização dessa atitude no Brasil requer mais do que a simples melhoria dos transportes públicos. Há também uma questão cultural. Ao deixar o carro na garagem e pegar o ônibus, a pessoa percebe isso como um retrocesso após ter alcançado um determinado patamar social. A sensação é de fracasso, se mesmo chegando à classe média ainda tem de pegar ônibus. O ponto é que, para o pedágio urbano funcionar, os cidadãos têm de se apaixonar pelo transporte público. Têm de achá-lo confortável, limpo e receptivo.

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Fonte: Ecommerce Brasil

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