Fomos agentes da transformação. Agora somos a infraestrutura de relacionamentos do mundo.
Fomos agentes da transformação. Agora somos a infraestrutura de relacionamentos do mundo. Recentemente, Eric Schmidt, CEO do Google, deu uma declaração bombástica no World Economic Forum: A internet irá desaparecer. Claro, a expressão é uma estratégia para captar a atenção da imprensa, mas se refere a uma mudança importante na maneira como nos inserimos no… Continuar lendo Fomos agentes da transformação. Agora somos a infraestrutura de relacionamentos do mundo.
Fomos agentes da transformação. Agora somos a infraestrutura de relacionamentos do mundo.
Recentemente, Eric Schmidt, CEO do Google, deu uma declaração bombástica no World Economic Forum: A internet irá desaparecer. Claro, a expressão é uma estratégia para captar a atenção da imprensa, mas se refere a uma mudança importante na maneira como nos inserimos no meio digital.
As telefônicas já compreenderam há tempos que terão que ir muito além de fornecer um cabo na casa dos usuários. No ano passado, Antonio Valente, em entrevista para o jornalista Renato Cruz, deixou claro que os serviços que as empresas telefônicas passarão a prestar será muito mais de “parceiro de acesso à internet” (em qualquer lugar, de qualquer dispositivo e para qualquer conteúdo) do que simplesmente um ponto ou dois instalados na sua casa. Vamos comprar pacotes, como um passaporte de um parque de diversões, e nem sentiremos que estamos entrando ou saindo de algum mundo diferente.
Tudo parece óbvio, mas o que isso de fato significa para milhares de prestadores de serviços “digitais”? Significa que a transformação foi realizada, e é hora de colhermos os frutos e pensarmos no próximo passo.
Claramente, a primeira conclusão que podemos tirar é a de que a conversa centrada apenas em tecnologia já não faz mais sentido. Onde víamos aquele “menino da internet” que era o sujeito que apenas sabia programar, hoje temos total consciência de que a estrutura é mais complexa, formada por arquitetos, estrategistas, editores de conteúdo, designers, business intelligence etc. Todos eles trabalham em conjunto, na complexidade, para entregar a simplicidade. Esta é uma das formas de ser imperceptível no contato com o usuário.
A outra é não perder tempo projetando a mudança, mas sim ter rapidez para compreendê-la e atendê-la. Lembro muito que nos primórdios da internet ninguém, absolutamente nenhum instituto de estatística futurista previa que as pessoas se conectariam através de redes sociais. Curioso pegar um filme como De volta para o futuro hoje e verificar que todas as projeções giravam em torno da tecnologia individual (relógios, carros, tênis etc.). E, quase sem querer, com os Orkuts, MySpaces e Facebooks da vida, redescobrimos o que a internet desde o princípio tentou mostrar: troquem, conversem, interajam. Ela foi feita para isso desde o início.
A mobilidade foi a grande mola propulsora da mudança definitiva. Desde o início se falava no crescimento do mobile, mas um conjunto de fatores (smartphones acessíveis, jovens entrando no mercado, novos sistemas operacionais, ecossistemas maduros e acesso universal à internet) mudou em apenas 5 anos toda a penetração daquilo que chamávamos de “internet”. Agora é o nosso jeito de viver.
Somos representantes da maior entidade representativa do cenário digital brasileiro, a ABRADI. Fomos agentes da mudança, agora estamos assumindo a responsabilidade de ser a infraestrutura desta nova sociedade (e suas novas formas econômicas), que finalmente aterrissou. Este é um dos motivos que nos faz abrigar todos os agentes que de alguma forma construíram e vêm construindo este cenário: desenvolvedores, hospedeiros, aplicativos, especialistas em conteúdo, e-marketplaces, empresas de mídia, entre outros. E, é claro, agências. Mas, neste mundo sem limites claros entre online e offline, como diferenciar o que é agência do que o que efetivamente não é?
Mais de 30 mil brasileiros atuam em cerca de 3.400 empresas que fornecem serviços digitais no Brasil. Isso se dá simplesmente porque metade da população conecta-se regularmente à rede. Essas pessoas não só se conectam como vivem conectadas, num mundo sem limites claros entre o que é o que não é digital. Se pensarmos em regiões como Sul e Sudeste, esta proporção chega a mais de 70%. Sem falar que somos o segundo lugar no mundo em acesso a quase todas as redes sociais.
Se pensarmos em apenas 5 ou 6 anos atrás, atividades como checar e-mails ou fazer uma busca eram coisas que aconteciam em momentos específicos do dia, quando você acessava seu computador pessoal. No mundo onde a internet desaparece, e uma nova sociedade emerge, os agentes digitais passam a ser não apenas agentes transformadores, mas sim o ponto de partida para qualquer marca manter-se dentro disto. Mas será que existe o “fora”?
Fonte: Abradi